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Endorsing Iconology: An Expedition to the Galaxy of Visual Culture or Rembrandt’s Musical Allegory as a “translation box”
Última alteração: 2018-07-29
Resumo
A noção básica de que os objetos visuais devem – além de reflexões sobre questões de estilo e forma – “também ser entendidos como portadores de algo mais-do-que-significado-visual” (Panofsky, 1926/1955: 168), ainda está em debate. Ivan Nagel, por exemplo, chamou a ideia de que “as imagens são capazes de narrar” de “velha, venerada”, porém “de novo na moda” e considerou tal convicção metodológica como a “primeira e mais duradoura queda da estética europeia da arte da pintura.” (Nagel, 2009:15-16) e Svetlana Alpers questionou a aplicabilidade generalizada da interpretação iconológica, alegando que, por exemplo, “a arte holandesa e nortenha do século XVII” tem de ser considerada “uma arte da descrição”, em contraste com “a arte narrativa da Itália.” (Alpers, 1983: xx) Apesar de “o problema continuar no como se defender e definir descrições,” (Alpers, 1983: xxi) Alpers desafiou abertamente o então exagero da interpretação iconográfica/iconológica, fazendo eco do alerta expresso por Panofsky cerca de cinquenta anos antes, quando ele disse que “(há) aqui, reconhecidamente, o perigo de que a iconologia se comporte, não como etnologia em oposição à etnografia, mas como astrologia em oposição à astrografia.” (Panofsky, 1939: 32).
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