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O objetivo deste trabalho é apresentar as soluções encontradas para a catalogação de partituras da Biblioteca da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP) utilizando campos do formato MARC ainda não explorados por bibliotecas brasileiras. Ao iniciar a formação de seu acervo de partituras na década de 1970, a biblioteca se preocupou em identificar as necessidades dos estudantes de música, e constatou que frequentemente pesquisavam partituras por um determinado instrumento ou voz, quando não tinham em mente um compositor ou peça musical específicos. A base de dados de partitura utilizada pela biblioteca, a Base Acorde, foi criada em 1978, ou seja, bem antes da aquisição do software Aleph pela USP. Devido à obsolescência tecnológica dos catálogos desenvolvidos localmente para os documentos musicais, ficou evidente para a biblioteca a necessidade de mudança de software. Mas, uma das dificuldades técnicas do processo de migração da Base Acorde para o Aleph foram as diferentes concepções existentes entre a metodologia de descrição de partituras da biblioteca e o formato MARC, utilizado pelo Dedalus (catálogo bibliográfico da USP). Pois, conforme identificado desde o início da formação do acervo, para a catalogação realizada localmente categorias de informação como meio de expressão (instrumentos e vozes) e os termos gênero e forma eram imprescindíveis. E, estes campos, até recentemente, não existiam no formato MARC. Ao fazermos um levantamento em sites de instituições internacionais identificamos que em junho de 2010, a Library of Congress (LC) havia anunciado a separação formal dos termos gênero/forma, que até então estavam embutidos no Library of Congress Subject Headings (LCSH) - campo 650, para um novo tesauro independente, chamado Library of Congress Genre/Form Terms for Library, que deverá ser utilizado no campo 655. Já o campo meio de expressão - campo 382 (Medium of Performance), considerado um atributo singular para música, foi implementado em abril de 2012. E, a partir de 2015 a LC anunciou que passaria a adotar oficialmente esses campos em seus catálogos. Diante do exposto, como resultado, apresentaremos a catalogação de partituras realizada pela biblioteca da ECA utilizando os campos implementados pela LC. A partir da experiência adquirida para a migração da base de dados, da revisão de literatura e do estudo dos padrões internacionais de catalogação, pudemos constatar que as inovações, agora propostas no cenário da catalogação internacional, fazem parte da metodologia de catalogação da Biblioteca da ECA desde os primórdios da organização de seu acervo de partituras.