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A areia, a peneira e o diamante: critérios sobre a qualidade da informação recolhida na documentação musical
Mary Angela Biason

Última alteração: 2017-07-04

Resumo


Ao enfrentar uma pilha de documentos musicais para catalogar sempre questiono se as informações que irei recolher serão suficientes. Por outro lado, o excesso de informações pode poluir o instrumento de pesquisa e turvar o olhar sobre o que realmente importa. A prática metódica de organização em fichas com campos determinados para informações musicais e extramusicais por vezes não é suficiente para conter toda a miríade de nuances que querem saltar do papel. Mesmo tomando cuidado para não nos afastarmos do objetivo do catálogo, anotar os detalhes alheios à música podem ampliar nosso olhar e nos ajudar sobremaneira a contextualizar tal testemunho. A tentação em dilatar o verbete e produzir um extenso campo de observações é grande. Mas, essa percepção é particular. A vivência de muitos anos lidando com fontes primárias de todo tipo nos ensina essa subjetividade da escolha. E isso se estende a todo pesquisador que, da mesma maneira, a partir de seu entendimento, deixará sua marca. Afinal, que tipo de verbete construímos para a nossa documentação musical? Que tipo de peneira utilizamos? Pois, nem tudo que cai é areia e nem tudo que fica é precioso.

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