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Por uma musicologia transdisciplinar: a memória e a história na construção de novas narrativas espaço-temporais
Última alteração: 2018-07-29
Resumo
Dentre todos os procedimentos hermenêuticos utilizados no ofício da musicologia, o recurso ao estudo dos vestígios iconográficos é, sem sombra de dúvidas, o mais caro ao universo de procedimentos fortemente marcados pelo métodos historiográficos, linguísticos e retóricos. Joseph Kerman (1987) identifica a musicologia histórica como ciência multidisciplinar, diacrônica e, essencialmente ligada à narrativa histórica. Por sua vez, Paulo Castagna, ao analisar o desenvolvimento do método musicológico sente essas dificuldades pela recente preocupação com o estudo sistemático da iconografia musical e seu valor como objeto e acessório dos estudos musicológicos, chegando a observar na definição de Adler que “a musicologia histórica agrupa as disciplinas de caráter histórico, ou que estudam o desenvolvimento da música no curso do tempo (visão diacrônica)”. Acreditamos que, funcionalmente, o recurso às fontes iconográficas e seu estudo, remetem não apenas à questão metodológica, mas também à formação e ao perfil profissiográfico do musicólogo em nosso meio.
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