Última alteração: 2015-06-22
Resumo
A verdadeira natureza da luz sempre esteve cercada de mistérios e controvérsias, a sua relação com outros materiais no sentido de estabelecer o seu comportamento envolveu, entre outras coisas, analogias e aproximações com o som. Na Bíblia, em Genesis, Deus cria a partir do verbo (som) a sua primeira criação que foi a Luz. No novo testamento é dito que o próprio verbo encarna na pessoa de Jesus Cristo, um ícone divino encarnado que se proclama a luz do mundo. Na Ciência a luz foi tratada de forma contraditória por muito tempo, Newton defendia a sua natureza enquanto pequenos corpúsculos, já Cristian Hewgens defendia a sua natureza como ondas, semelhantes a ondas sonoras. Após muitas discussões chegou-se ao modelo mais aproximado da natureza da luz e valido até hoje, ela se comportaria como uma onda eletromagnética, o que vemos da luz seria uma pequena faixa dessas ondas, chamadas de espectro visível. No campo da biologia foi descoberto que o DNA gera formas de luzes chamadas de biofotons. No caso da síntese das proteínas esse luz ao da a ignição necessária ao processo gera no final um som chamado de ondas de escala. Já se produzem sons específicos com a finalidade de promover a síntese de determinadas proteínas. Mais recentemente a NASA conseguiu captar sons de vários locais do sistema solar, entretanto como o som não se propaga no espaço eles conseguiram transformar as ondas eletromagnéticas em freqüências sonoras a partir de algoritmos matemáticos, ou seja, acontecimentos luminosos eletromagnéticos possuem um som, dessa forma freqüências especificas podem vibrar em determinadas cores e em determinados sons. Esse artigo explora as possibilidade poéticas a partir do vídeo THE FÓTON TRIP, por mim produzido, e que utilizou problematizações míticas e cientificas do campo luz-corpo-som para realização do referido trabalho.