Última alteração: 2015-10-24
Resumo
A revista ilustrada O Malho, fundada em 1902 por Luís Bartolomeu e Souza e Silva, foi uma das revistas mais famosas de crítica satírica da sociedade e costumes do povo brasileiro. Publicada semanalmente, na cidade do Rio de Janeiro, a revista consistia em explanar os hábitos da sociedade brasileira, focada principalmente na situação política do país, e sobre a cultura, exploradas através das charges e caricaturas de Raul Pederneiras (1874 - 1953) Calixto Cordeiro (1877 - 1957) e Crispim do Amaral (1858-1911). Crispim do Amaral atuava como diretor artístico do semanário, desde a fundação até a edição de 1903, na revista de número 17 que “a motivos de ordem particular, deixou a direção artística d’O Malho o festejado caricaturista Crispim do Amaral” ( O MALHO, 1903). A revista O Malho, foi a primeira publicação brasileira a substituir a pedra litográfica por placa de zinco dando um novo impulso à arte da charge e da ilustração da imprensa brasileira. A revista possui uma variedade de informações a respeito dos costumes artísticos musicais da época, com desenhos que ilustram (jocosamente) músicos, e temas relacionados à música, fotografias, anúncios publicitários com temas musicais, além de possuir diversos registros de partituras instrumentais e vocais escritas por compositores da época. O presente estudo consiste em reunir e analisar as informações referentes à iconografia musical nas edições de O Malho (1902 – 1903) a partir de estudos de história da arte e do âmbito da iconografia musical.