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Cláudio Santoro: pintor?
Última alteração: 2015-10-24
Resumo
O compositor Cláudio Santoro produziu um conjunto de telas, com técnicas diversas desconhecidas, tanto no meio acadêmico quanto o público em geral, com exceção da exposição realizada em 2006 durante o XVI Congresso da ANPPOM em Brasília, sob minha curadoria. A construção de discursos artísticos de um autor/compositor extrapolando-se a mídias diversas, não é fato isolado entre compositores renomados desde o século XII com Hildegard Von Bingen (1098–1179), ao século XIX com E. T. A. Hoffmann (1776-1822), e de forma mais contundente a partir do século XX com Schönberg (1874–1951) e Luigi Russolo (1885–1947). Embora cada um destes autores possua características específicas nos caminhos trilhados entre as versões seja como representação iconográfica seja registrada como “partitura,” seus discursos intrínsecos acabam por extrapolar a última enquanto representação/registro sonoro, encontrando na visualidade caminho para a sua expressão. No caso de Santoro analisamos esta produção em função do contexto de composição de algumas das suas obras, e os dilemas ideológicos que as permearam, mas demonstrando ainda seu conceito de “quadros sonoros” nos quais apresenta-se a interseção (ou um <i>gesamtkunstwerke</i>) destas linguagens.
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