Tom Phillips (1937-2022) foi um artista visual e compositor inglês. Os seus trabalhos passaram do ensino à curadoria e crítica artística e todos os seus interesses pareceram unir-se nos seus muitos suportes artísticos que utilizou. Abordou desde a música, a pintura e a poesia, passando para a escultura, instalação, mosaico e tapeçaria.

A passagem pela Manufactura de Tapeçarias de Portalegre iniciou-se com o primeiro trabalho de reprodução do cartão “Family Music” (1981), a pedido do empresário Guy Fino que à época coordenava a Manufatura, seguindo-se com a “Music” (1999), baseada numa interpretação do “Simpósio” de Platão, o “Concerto Grosso”(2002) que surgiu durante uma audição do Concerto de Schnittke, finalizando com as World Music I e II (2002), apresentadas como parte da exposição “Woven Music”. Os motivos para tapeçaria de Portalegre de Tom Phillips tiverem sempre uma ligação musical, e o artista ligava constantemente os seus vários interesses e motivos, fossem eles musicais, visuais e literários.

O objetivo desta comunicação é perceber estas ligações realizadas pelo artista e compreender melhor o processo de Tom Phillips na criação das tapeçarias, abordando as diversas obras literárias e musicais que serviram de mote para a pintura dos cartões.