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ACERVO MUSICAL JOÃO MOHANA: POSIÇÃO REGIONAL, SITUAÇÃO DOCUMENTAL
Última alteração: 2014-08-30
Resumo
Durante alguns anos, mais precisamente na década de noventa, em minhas participações em congressos, colóquios, encontros musicológicos percebia que esses eventos começavam e terminavam, invariavelmente, com uma espécie de lamúria em que se reconhecia o isolamento cruel que caracterizava o ofício da musicologia na região nordeste do Brasil.
Porém, não falo apenas de minha geração, mas observo que este fenômeno tinha origens bem mais distantes, pois, tive a oportunidade e o privilégio de acompanhar, por exemplo, as queixas do grande Padre Jaime Diniz que, mesmo com toda a força e o reconhecimento de seu trabalho, angustiava-se com a situação insular de seu empenho para a divulgação e o intercâmbio necessários para o aprofundamento de seus estudos.
Grandes foram os esforços dos congressos realizados de lá para cá, mas antevíamos, com muita propriedade, que só a profissionalização do musicólogo, a formação acadêmica específica e o aparelhamento ou instrumentalização da pesquisa e de toda a rede que compõe o nosso trabalho, é que poderia conferir um estatuto condizente com um corpus representativo e reinvindicante de uma verdadeira rede de articulações.
Venho experimentando, há aproximadamente quinze anos, uma evolução constante dessas condições e o simples fato - se é que podemos chamar assim - de hoje estarmos reunidos para debatermos a dimensão da musicologia nordestina e seu verdadeiro perfil, é um fato importante que não podemos menosprezar.
Porém, não falo apenas de minha geração, mas observo que este fenômeno tinha origens bem mais distantes, pois, tive a oportunidade e o privilégio de acompanhar, por exemplo, as queixas do grande Padre Jaime Diniz que, mesmo com toda a força e o reconhecimento de seu trabalho, angustiava-se com a situação insular de seu empenho para a divulgação e o intercâmbio necessários para o aprofundamento de seus estudos.
Grandes foram os esforços dos congressos realizados de lá para cá, mas antevíamos, com muita propriedade, que só a profissionalização do musicólogo, a formação acadêmica específica e o aparelhamento ou instrumentalização da pesquisa e de toda a rede que compõe o nosso trabalho, é que poderia conferir um estatuto condizente com um corpus representativo e reinvindicante de uma verdadeira rede de articulações.
Venho experimentando, há aproximadamente quinze anos, uma evolução constante dessas condições e o simples fato - se é que podemos chamar assim - de hoje estarmos reunidos para debatermos a dimensão da musicologia nordestina e seu verdadeiro perfil, é um fato importante que não podemos menosprezar.
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