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Musicologia e Big Data no Brasil: Bancos de dados para uma musicologia mais crítica e melhor embasada
Pedro Ivo Vieira e Assis Araújo

Última alteração: 2023-10-30

Resumo


Embora Big Data seja um conceito conhecido desde 1990, sua crescente evolução tem apresentado soluções importantes para o processamento de grandes conjuntos de dados na atualidade. A interseção entre a Musicologia e o uso de Big Data vem ganhando destaque no cenário da pesquisa em música. O tratamento e recuperação de dados musicais e culturais têm permitido aos pesquisadores traçar tendências, conexões e influências musicais assim como socioculturais de maneira mais abrangente, podendo ainda analisar não apenas as composições, mas também as interpretações, a popularidade e as mudanças ao longo do tempo. Através das bases de dados, é possível examinar a música, influências culturais e a fusão de gêneros em maior detalhe. Além disso, a análise de Big Data pode identificar padrões comportamentais e preferências musicais, ajudando na compreensão do consumo de música no Brasil. No entanto, o uso de Big Data na Musicologia Brasileira também apresenta desafios, incluindo a garantia de que os dados sejam representativos, sem desconsiderar os aspectos éticos relativos a questões de privacidade. É crucial encontrar um equilíbrio entre o acesso aos dados e a proteção dos direitos autorais e da privacidade dos autores. Por outro lado, o desenvolvimento de bases de dados tem auxiliado a musicologia na sua corroboração documental (seja textual, musicográfico, sonoro, audiovisual ou iconográfico). Neste trabalho propomos não apenas apresentar o status quo desste tema no Brasil, mas também discutir as possibilidades e desafios a serem desenvolvidos.

Palavras-chave


Musicologia; Música; Bases de dados;