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PARDO, MÚSICO E MILICIANO: Dionísio Antônio Gomes de Sá e sua busca por inserção social no Recife (séculos XVIII-XIX)
Luiz DOMINGOS Nascimento Neto

Última alteração: 2017-05-31

Resumo


O crescimento da população de cor, em cidades como o Recife, ao longo dos setecentos, é diretamente tributário das dinâmicas de mestiçagens que se acentuam neste século, gerando uma massa de mulatos, pardos, cabras, entre outras qualidades de gentes. Essa população heterogênea absorve práticas e representações sociais que visam determinar o lugar social de cada um, mantendo certa organicidade das hierarquias. Nos limites da liberdade e da escravidão, transitam parte desses mestiços, que, diante de sua visão de mundo e das possibilidades franqueadas, mobilizam signos de distinção no intuito de manter seu estatuto jurídico de homens livres.  Seguindo os rastros da trajetória do músico pardo Dionísio Antônio Gomes de Sá, perceberemos o quanto sujeitos marcados pelo o estigma da qualidade inferior tinham conhecimento destes signos de inserção social e deles faziam uso.