Portal de Eventos Científicos em Música, 7º CONGRESSO BRASILEIRO DE ICONOGRAFIA MUSICAL

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Iconografia musical nas necrópoles: passos metodológicos na catalogação
Tatiani Alves Rodrigues de Abreu, Fabio Vergara Cerqueira

Última alteração: 2023-11-02

Resumo


Do ponto de vista da Conservação e Restauração, registrar a presença de elementos iconográficos presentes nas necrópoles é de fundamental importância quando se pensa na necessidade de manter vivas as memórias dos entes ao longo do tempo.

Tais memórias estão impressas nas sepulturas de diversas formas. Entre elas encontram-se, além de elementos religiosos, outros signos associados ao morto de alguma forma, como a iconografia musical.

Em ida a campo para investigar a presença desses elementos, verificou-se que são registrados em menor quantidade em detrimento de outros bastante presentes.

Enquanto catalogadora iniciante na plataforma RIDIM Brasil, como bolsista de Iniciação Científica pelo projeto “Iconografia da música nos vasos italiotas e outros suportes (coroplástica, numismática, pintura mural e glíptica). Estudo do ambiente intercultural greco-indígena da Magna Grécia no contexto dos processos de colonização e descolonização grega”, compete à autora deste trabalho registrar na base de dados RIDIM Brasil, os elementos de iconografia musical captados durante a execução do projeto sob forma de registro fotográfico, com ênfase, dado o propósito maior do projeto, na recepção de instrumentos musicais greco-romanos antigos em meio à imagética cemiterial.

As imagens são captadas em campo, através de caminhada pelas alamedas dos cemitérios, com o olhar atento para encontrar esses registros, que, por vezes, são de pequenos tamanhos ou estão discretamente dispostos. Uma vez captada a imagem, esta recebe um código com as letras que identificam a cidade em sequência numérica, antes de ser feita a inserção na base de dados. Por exemplo, as imagens feitas na cidade de Rio Grande foram identificas como RG1, RG2, RG3, etc.

Em seguida, é realizada a pesquisa sobre a obra, tais como autor e título, bem como informações sobre o sepultado. Após isso, as informações obtidas são sistematizadas em uma planilha do Excel que contém, basicamente, os mesmos campos a serem preenchidos na plataforma.

Assim, por meio desses passos metodológicos o código dado às imagens permite que sejam facilmente localizadas nos arquivos, considerando que o Excel não as comporta e as informações passam a ser facilmente acessadas no momento da catalogação na plataforma. Exemplificaremos evidenciando o processo de catalogação de túmulos com iconografia musical identificados em atividade de campo, realizada em 2022 e 2023, com a participação desta pesquisadora, em cemitérios das cidades de Rio Grande e de Pelotas, no Rio Grande do Sul.


Palavras-chave


Arte cemiterial; Iconografia Musical

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